Vida de Emigrante
Seu lar é onde você está!
Seu lar é onde você está!
A verdadeira mudança começa por dentro
A vida é feita de mudanças. Algumas dessas mudanças dependem de nós, outras não. Umas podem ser mais desafiadoras e gerar medo, ansiedade e insegurança. Mudar de país, deixar amigos e familiares para trás e passar a viver numa cultura diferente, pode ser algo assustador, não é verdade?
Ser emigrante é carimbar também a “Saudade” no passaporte. É entender que, uma vez dado esse passo, a vida nunca mais será vista da mesma maneira e que, muito provavelmente, a tristeza, a frustração e a vontade de desistir serão companheiras dessa nova jornada. No início, a novidade, o entusiasmo e o friozinho na barriga lembram o início de uma paixão. Passada a euforia da chegada e já com a consciência do que tal mudança acarreta na vida de uma pessoa, começam a surgir os defeitos (como aquele namoro, em que o príncipe virou sapo. Quem nunca?)
Emigrar é passar por um processo. Requer paciência, resiliência e aceitação. É navegar por mares agitados, com a certeza de que em algum momento sairemos molhados.
Eu sei que a decisão de mudar de país pode levar a respostas emocionais negativas e stressantes. Pode ser difícil conseguir mobilizar esforços saudáveis para lidar com as emoções geradas nessas situações.
É preciso construir estratégias de enfrentamento quando o contexto externo não ajuda para a diminuição da sobrecarga. Mas, para que isso aconteça de uma forma natural, é necessário autoconhecimento, enfrentar pensamentos limitadores que podem levar a comportamentos paralisantes e que, em muitas casos, carregamos connosco sem ao menos nos darmos conta. Parece complicado?
É justamente para isso que eu estou aqui: o meu trabalho é auxiliar no sentido de entender os elementos geradores de stress, identificar os sentimentos envolvidos e encontrar alternativas de enfrentamento. É encontrarmos novas formas de olhar a mesma situação, com as ferramentas necessárias e mais adequadas na busca de respostas para enfrentar tal situação, ou controlar as respostas negativas às situações externas que não podem ser modificadas. Emigrar pode não ser algo fácil no início, mas também pode ser gratificante e talvez a melhor opção.
E então? Você tem coragem de agarrar no leme da sua vida, largar as bóias dos seus pensamentos e seguir a bússola do seu coração? Se a resposta for sim, eu tenho um convite a fazer: Vem comigo sair da sua zona de conforto e se abrir para o novo. O mínimo que pode acontecer é perceber que é possível navegar sem se afundar!
A 'vida boa' é um processo, não um estado. É uma direção, não um destino.
Carl Rogers
Mudanças significativas, como mudar para um novo lugar, podem trazer desafios inesperados. É normal sentir-se um pouco desorientado ou desapontado quando a realidade não corresponde às expectativas.
É comum que as mudanças afetem as pessoas de maneiras diferentes, e pode ser difícil quando você se adapta bem a uma nova situação, mas a sua família não.
Sentir saudades de casa é um sentimento comum e natural quando se muda para um lugar novo.
Adquirir novos hábitos pode ser desafiador, especialmente quando se muda para um lugar novo ou enfrenta mudanças significativas em sua vida.
Se está enfrentando dificuldades significativas e sente que voltar para casa é a melhor opção para você, é importante pensar cuidadosamente sobre suas escolhas e tomar uma decisão informada.
Adquirir novos hábitos pode ser desafiador, especialmente quando se muda para um lugar novo ou enfrenta mudanças significativas em sua vida.
Sentir-se perdid@ ou desorientad@ em um novo lugar é uma experiência comum quando se emigra para um novo país.
Sentir-se discriminada por ser de outro país pode ser uma experiência difícil e desagradável. É importante entender que a discriminação pode ter diferentes formas e manifestações, e que pode ser desafiador lidar com isso.
Fazer novas amizades em um lugar novo pode ser desafiador, especialmente se você não se sente integrado à cultura ou ao estilo de vida local.
É compreensível que, quando nos sentimos deslocados em um novo lugar, possamos ter a tendência de nos isolar. No entanto, isso pode acabar piorando as coisas, pois nos afasta de possíveis conexões sociais e nos deixa presos em nossos próprios pensamentos e sentimentos.
É compreensível sentir medo do futuro, especialmente em um momento de grandes mudanças, como quando se muda para outro país.
É comum que, ao se mudar para um novo país, as pessoas se sintam pressionadas a se adaptar à cultura local e muitas vezes acabam perdendo um pouco de sua própria identidade no processo.
“Embora viajemos pelo mundo para encontrar o belo,
precisamos carregá-lo connosco ou não o encontraremos”
R. W. Emerson
O meu nome é Adriana Soares e sou Psicóloga.
Nasci no Brasil e emigrei há 21 anos. Sou Membro efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses e Psicoterapeuta EMDR.
As grandes mudanças da minha vida vieram no ano de 2001. Me tornei mãe de uma linda menina chamada Gabriela e embarquei numa grande viagem, rumo ao desconhecido: emigrei para Portugal.
Mudar de país foi uma escolha fácil para mim, mas um tanto inconsciente do impacto que teria na minha vida. Peguei a minha filha Gabriela ao colo (com 8 meses) e embarquei na minha maior aventura: “Vida de emigrante”.
No início, tudo era novidade. Eu estava eufórica e confiante. Mas, não tardou e os dias cinzentos chegaram, juntamente com os desassossegos, incertezas e muitas estranhezas: os sotaques, os costumes, os valores e as diferentes formas de estar.
Veio então uma saudade inexplicável de casa e até mesmo daquilo que não era bom. No meio deste turbilhão de pensamentos e emoções, parecia ter perdido também a minha identidade. No meu novo lugar, eu já não tinha as festas com amigos de infância, os sabores das frutas regionais, o cheirinho da comida de casa, nem tampouco o colo da minha mãe. Foi um processo difícil, de muito crescimento pessoal, resiliência e aceitação.
Foi na linda cidade do Porto que “ancorei” e continuo a escrever a minha história. Me tornei cidadã portuguesa e também cidadã do mundo.
Hoje, eu moro com a minha filha Gabi e a nossa gatinha Luna. Sou grata e sinto-me feliz com as escolhas que fiz.
Sou apaixonada por pessoas e animais, por aprender sempre mais e conhecer novos lugares. Viajar, para mim, é uma necessidade. Já conheci alguns países, mas não tantos quanto gostaria. Conhecer novas paisagens, culturas, pessoas, é um dos maiores presentes que a vida me poderia dar. Mas, sempre que possível, também gosto de sentir os abraços que conheci na infância e que por muito tempo foram o meu porto de abrigo. Poder voltar ao Brasil, estar com a família e amigos é um regozijo. É como dizer ao tempo que o momento é de desacelerar. É sentir o gostinho do passado, mas com a experiência de quem sabe o que realmente importa, quando se convive tanto tempo com a distância e a saudade.
A Psicologia sempre foi uma paixão na minha vida. Foi em Portugal que consegui realizar o sonho de estudar e trabalhar na área que eu mais amo e que me fascina. Me formei pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade do Porto, terminando o Mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde em 2014. Tambem estudei um semestre em Espanha, na Universidade de Santiago de Compostela, através do programa Erasmus. A diversidade cultural e a integração em novos lugares sempre foram parte integrante da minha formação profissional.
Vivi momentos de grandes desafios e aprendizagens. Se eu fosse escolher uma característica para me representar, seria a capacidade de persistir diante das dificuldades. Uma palavra para me definir: Resiliência, ou talvez, Positivismo, ambas bastante significativas para mim.
O meu propósito é poder impactar positivamente a vida das pessoas que confiam no meu trabalho como Psicóloga, ajudá-las a enfrentar os seus desafios, para que consigam ter uma vida equilibrada, com mais qualidade, menos sofrimento, maior aceitação e gratidão. Vamos conversar?